quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Depois de Valtari

Dançar. As vezes eu fico me perguntando o que me faz gostar tanto de movimentos tecnicamente sincronizados em uma música qualquer. Parece ser tão banal, não haveria mágica? Mas pra mim é tudo! Dançar é como voar, a possibilidade de sair do chão, desse chão que eu chamo de mundo material. Oportunidade de encontrar uma sensação que racionalmente não seria possível. É sair desta dimensão e encontrar uma outra, qualquer, que é só sua. Quando eu danço é uma maneira de encontrar uma parte de mim que não se manifesta com facilidade. Eu não preciso provar nada pra ninguém quando estou dançando e o faço sozinha. Ainda quando tenho companhia, é como se meu corpo e o delx fosse um só. Respirar numa mesma batida, num mesmo compasso, no mesmo som. É se conectar de uma forma fatalmente única. Viver o outro, sentir o outro, ser o outro. Dançar, pra mim, é isso: é encontrar um espaço que eu não encontro com palavras ou pensando, é o que completa minha lógica que - logicamente - eu considero incompletável. Dança é vida. Dança é viva. O mundo nasceu da dança. Meu mundo nasceu da dança.


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